O reflexo é uma luminosidade sutil que origina-se de um ponto brilhoso ou, a imagem refletida inversamente proporcional num plano espelhado. Na verdade, nós somos o reflexo de nós mesmo refletidos numa dimensão percebível em três comprimentos. E Reflexo Azul comenta isso: Fala de um ponto de vista masculino, narrando de um ângulo imparcial e honesto, diante de casos complicados e polêmicos.
E pra dar início ao Reflexo Azul, nada como começar a discutir o relacionamento destes dois animais que conseguiram extraordinariamente subir ao topo da cadeia alimentar, e alí permanecerem por milhares de anos, ainda que de vêz enquando, travassem verdadeiras batalhas entre sí: O homem e a mulher. (Quem é mais quem?)
Animais porque ainda temos os caninos nos lembrando que ainda somos carnívoros. As palmas das mãos indicam que um dia andamos de quatro e no final de nossa coluna, ainda possuimos vestígios daquilo que um dia foi um rabo. E até o reflexo nosso de cada dia possui lembranças das cavernas, pois quando se joga algo para cima de outra pessoa, o primeiro ato não é sair inteligentimente da direção do objeto, mas curvar-se e colocar as mãos sobre a cabeça. Mas o que mais me surpreende, é a indiferença das fronteiras que se distanciam entre o homem e a mulher. Animalescos a parte, vamos falar do nosso relacionamento confuso:
O homem ainda carrega dentro de si o prazer da satisfação de "ver" enquanto a mulher quer "ouvir". Além do homem querer ver o gozo explodir numa mecânica direcionada aos céus, quer coçar o saco insistentemente em referência ao domínio do metro quadrado em sua volta. A mulher quer ouvir o orgasmo não em cortes súbitos mas ouvir um gemido profundo numa contínua contração e, além de ter sempre o desejo de dominar a razão, empenha-se fatalmente numa batalha de insinuações ao delicado. Tenho visto ao longo da vida o como o homem se desmerece pensando com a cabeça de baixo ao invés de fazer uso da verdade e o poder da conquista. Tenho visto também, o como a mulher é impecável ao se mostrar uma flôr, mas que na verdade e sem ela saber, é uma verdadeira montanha que conquista com a sua graciosidade.
Ao longo do tempo, homem e mulher vêm travando uma verdadeira batalha com perdas e ganhos para ambos os lados, mas que tudo isso poderia ser evitado se ao menos o homem se rendesse a inteligência da mulher, e esta, a superioridade de dominância física diante de um cenário funesto, que é a sobrevivência da espécie. Pode parecer frio e cruel tais afirmações até aqui, mas o relacionamento humano vem se desfazendo rapidamente nos últimos anos por um simples fato que parece passar por despercebido para ambos: O universo de cada um parece implodir num minúsculo corpo vazio. "O gozo solitário é frio e sêco."
Quando o homem e a mulher entenderem que a vida não é um pequeno grito de prazer, mas um grande estrondo do impacto de dois universos que sempre estiveram refletidos entre sí através dos tempos, a incompatibilidade deixará de existir, a superioridade se renderá ao doce perfume feminino, e ela não só dará o seu corpo, mas a sua alma completamente translúcida. E talvez em um futuro próximo, quem sabe? Da união pura de um casal, surgirão novamente os deuses que um dia ouvimos falar. E mais além, talvez do casal não surgirão apenas filhos e deuses, mas pequenos universos com infinitas galáxias dando continuidade talvez, a uma outra espécie de homem e de mulher.
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4 comentários:
Olá, jotacarlos!
Adorei esse paradoxo que levantas em relação à batalha de sexos.
Os teus post são profundos e muito bem construidos.
Gostei muito, um abraço
Oi!
Gostei muuito duma das frases!
Dá para pensar seriamente a razão da complexa existência entre seres humanos civilizados!...
Um grande abraço....
eh...........oi, jotacarlos.
Quase que não tens ninguém a passar por aqui, j´«a te indiquei, mas parece que as coisas vão mal.
Nada melhor que um amigo para amparar uma desilusão.
Um abraço
"O gozo solitário é frio e sêco."
"Masturbadores; tremei!" (rs)
O texto ficou perfeito. Um paradoxo estranho esses seres tão diferentes e que se completam tão plenamente.
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