No início, o homem primitivo possuía a crença baseada no medo;
medo de confrontar algum animal selvagem; de não conseguir o alimento que sacie
a sua fome, a sua sede; medo do confronto de rivais e medo em não sobreviver
até a grande bola brilhante surgir ao horizonte, quando trazia a noite escura,
e com isso, o leito duro que lhe servia de aconchego.
O medo era
constante no dia a dia do homem primitivo. O conhecimento que possuía vinha
lentamente com o decorrer dos anos e das situações por qual passava. Tudo que
tinha em mãos era a visão do mundo o qual o rodeava e, através do medo, criou
símbolos que estabeleceu uma conduta com o próximo e a espiritualidade.
Histórias sagradas, símbolos e tradições passaram a lhe dar sentido à vida.
Claro que no
meio do caminho da história da humanidade, o desenvolvimento religioso assumiu
diferentes formas culturais, mas é fato que não se deve deixar de mencionar é
que no início, a religiosidade ou, o sentimento de apego a algo divino, era um
sistema de orientação que ajudava o homem a interpretar o mundo e seus percalços.
Quando o homem primitivo sentiu o valor da vida e entendeu que sua existência
dependia de forças externas, o extinto mais profundo ganhou forças e se viu
submetido a uma nova aventura mística com o objetivo de satisfazer seu criador,
ou, criadora.
As primeiras
manifestações religiosas eram cultos arcaicos que deram início a outro grande
culto que sobreviveu por um longo período na história da humanidade; Tão grande
que ora ou outra, nos tempos atuais, são encontrados nas escavações, restos
significativos desta época: O Culto da Grande Deusa Mãe.
A grande Deusa
Mãe controlava a natureza, a água, a fertilidade, a agricultura, a linguagem, a
escrita, a cultura, a terra e o teto por suas cabeças onde o sol e a lua
imperavam cada um em seu tempo.
Até 10.000 anos atrás Deus era mulher, pois até então, a
mulher e o conceito de Deus tinham sido fundamentais para o progresso da
sociedade, quando o homem passou a desenvolver o pensamento lógico verbal.
Conforme estudos em pinturas nas cavernas e achados arqueológicos o homem
primitivo respeitava as fases da lua em
suas colheitas, nas mudanças de maré e na menstruação de suas mulheres. Em suas
cerimônias fúnebres enterravam os seus mortos em posição fetal e os tingiam de
vermelho, acreditando que da barriga de uma mulher vinha a vida e para a
barriga da mãe terra seriam entregues ao acalento da natureza.
Conforme estudos arqueológicos e seus achados, foram
encontrados recentemente, estatuetas femininas ao culto da grande deusa e,
utensílios em referencia ao culto do ocre-vermelho – associado ao sangue
menstrual -, datados de 300.000 a.C. Hoje, sabe-se que todo culto na Europa e Egeu
que indica alguma deusa em sua filosofia, teve influencia nas matriarcados
neolíticos pré-indo-europeus. E mais; que todas as deusas de lugares
diferentes, referem-se à mesma “A Grande Deusa Mãe”.
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