segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O Reflexo da Caridade.


- O conto a seguir não é meu, o recebi em e-mail pelo parceiro de pescaria Carlos Joaquim. Senti a necessidade de colocá-lo como tema de postagem, pois esta sempre tem sido a mensagem do Reflexo Azul para quem nos lê.
"O galardão das boas obras é tê-las feito. Por isso, não pode haver melhor prêmio."
Sêneca
"Auxílio Mútuo
Em zona montanhosa, através de região deserta, caminhavam dois velhos amigos, ambos enfermos, cada qual a defender-se quanto possível contra os golpes do ar gelado, quando foram surpreendidos por uma criança semi-morta na estrada, ao sabor da ventania de inverno.
Um deles fixou o singular achado e exclamou, irritadiço: Não perderei tempo! A hora exige cuidado para comigo mesmo. Sigamos à frente.
O outro, porém, mais piedoso, considerou: Amigo, salvemos o pequenino. É nosso irmão em humanidade. Não posso - disse o companheiro endurecido. Sinto-me cansado e doente. Este desconhecido seria um peso insuportável. Temos frio e tempestade. Precisamos chegar a aldeia próxima sem perda de minutos. E avançou para adiante em largas passadas.
O outro viajante de bom sentimento, contudo, inclinou-se para o menino estendido, demorou-se alguns minutos colando-o paternalmente ao próprio peito, e aconchegando-o ainda mais, marchou adiante, embora menos rápido.
A chuva gelada caiu metódica pela noite adentro, mas ele, amparando o valioso fardo, depois de muito tempo, atingiu a hospedaria do povoado que buscava. Com enorme surpresa, porém, não encontrou aí o colega que havia seguido na frente. Somente no dia imediato, depois de minuciosa procura, foi o infeliz viajante encontrado sem vida numa vala do caminho alagado. Seguindo a pressa e a sós, com a idéia egoísta de preservar-se, não resistiu a onda de frio que se fizera violenta, e tombou encharcado, sem recursos com que pudesse fazer face ao congelamento. Enquanto que o companheiro, recebendo em troca o suave calor da criança que sustentava junto do próprio coração, superou os obstáculos da noite frígida, salvando-se de semelhante desastre. Descobrira a sublimidade do auxílio mútuo. Ajudando o menino abandonado, ajudara a si mesmo. Avançando com sacrifício para ser útil a outrem, conseguira triunfar dos percalços do caminho, alcançando as bênçãos da salvação recíproca.
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As mais eloqüentes e exatas testemunhas de um homem perante o Pai Supremo são as suas próprias obras. Aqueles que amparamos constituem nosso sustentáculo.O coração que amparamos constitui-se agora ou mais tarde, em recurso a nosso favor. Ninguém duvide!Um homem sozinho é simplesmente um adorno vivo da solidão, mas aquele que coopera em benefício do próximo é credor do auxílio comum. Ajudando, seremos ajudados. Dando, receberemos."

4 comentários:

tifongirl disse...

Que óptima reflexão....uma boa maneira de começar o dia.........um grande ol´+a, e espero que venhas a ter mais ´pessoas a ver o teu blog.


vale a pena.

um abraço

tifongirl disse...

Muito bonito, li outra vez, e não me importo de o dizer de novo: fizeste bem os "trabalhos de casa..."


LoL

um Abraço!

tifongirl disse...

Muito fixe, talvez se todos nós colaborássemos um pouco com esta nova atitude como fazem os membros sensatos do blogger, talvez este mundo fosse um pouco melhor.


um abração e muito obrigada pelo conto, foi muito fixe.


parabéns para Carlos Joaquim, e um grande bem haja à sua obra,.

Tifon disse...

adorei.


sei que estás muito ocupado, mas seria que não podias passar pelos meus blogs, estão um bocado pobres sem comentários.


um beijinho grande, tifongirl